O impacto da política da China na indústria de mineração

A situação atual da mineração de Bitcoin na China não é tão séria quanto você pensa.

A manifestação do China Financial Stability Board

Segundo as atas do China Financial Stability Board (CFSB), que numa tradução literal é o Conselho de Estabilidade Financeira da China:

“Prevenimos e controlamos resolutamente o risco financeiro …. devemos reprimir as atividades de mineração de criptomoedas para evitar que os riscos individuais se espalhem para o nível social.”

Destas atas, pode-se extrair que o principal espírito do CFSB é:

“Prevenir e controlar os riscos financeiros, para evitar que o capital social flua para o setor de mineração, o que pode levar à transferência de riscos de indivíduos para toda a sociedade”.

Na verdade, estas atas do CFSB foram no mesmo sentido do “Aviso sobre Prevenção de Riscos do Bitcoin” emitidos pelo People’s Bank of China e outros cinco Ministérios, adotado em 2013:

“As instituições financeiras e de pagamento não devem participar ou fornecer serviços para a comercialização de bitcoin.”

Qual seria o pior dos cenários?

Em setembro de 2017, por sua vez, todas as exchanges baseadas na China foram obrigadas a fechar (como por exemplo a BTCChina). Mas naquela época, os usuários tiveram tempo suficiente para retirar seus tokens e nenhum de seus ativos foi confiscado pelo governo.

Agora, contudo, os grandes datacenters e as mineradoras de grande porte podem sofrer uma perda significativa, enquanto toda a rede Bitcoin permanecerá resiliente, como sempre.

Considerando o pior dos cenários, grandes mineradoras podem vir a ser lacradas pelo governo, nos levando de volta aos velhos tempos de 2014–15.

Consequências do aperto chinês à mineração

Apesar de tudo o que mencionamos até aqui, a mineração de bitcoin continuará a existir normalmente, exceto na China onde haverá uma migração da atividade dos datacenters de tamanho industrial para mineradores domésticos, mineradores de pequeno ou médio porte.

No final, o poder computacional. chinês (conhecido por hashpower) fluirá para o exterior assim como as exchanges chinesas fizeram em 2017, a China terá um papel menos significativo na distribuição global de hashpower.

Mas o mais importante desta estória toda é que a rede Bitcoin se manterá robusta, mesmo com o declínio do hashrate em 50%.

Não haverá mudanças óbvias em toda a rede Bitcoin durante este processo, exceto que os pools de mineração europeus e norte-americanos terão uma classificação superior aos pools chineses.

Vejamos ae daqui um ano o que disse aqui se confirma.

Qual sua opinião para o futuro da mineração de bitcoin?

Você acha que a proibição da mineração na China vai ser definitiva?

E se for, você acredita numa migração mais rápida da atividade da mineração para o uso de fontes de energia renovável?

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